segunda-feira, 11 de abril de 2011

Confissões de um garoto...




"A minha chance estava lá, bem na minha frente. Fecho os olhos e ainda posso sentir o doce perfume dela. Perfume que ao chegar as minhas narinas me arrepia, me fantasia, me faz querer possuir tudo o que eu não tenho. Me faz querer ir mais fundo no sentimento. Ela me olha com os olhos grandes e claros, e suavemente diz: - E então o que houve? O que queria me dizer? - esse é o momento que eu travo, sinto minhas pernas tremerem e minha voz não quer sair, como posso ter tanto medo de dizer algo que tanto ensaiei? Mais uma vez digo: - é sobre o trabalho de geografia. - A minha noite podia ter sido diferente, todos os meus dias daqui em diante poderiam ser diferentes, mas eu não falei... Não falei que sem ela não tenho motivos para respirar."


Confissões de um garoto...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Quando fui chuva - Maria Gadu

Quando já não tinha espaço pequena fui
Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer acomodei
Minha dança os meus traços de chuva
E o que é estar em paz
Pra ser minha e assim ser tua

Quando já não procurava mais
Pude enfim, nos olhos teus vestidos d'água
Me atirar tranqüila daqui
Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas

E assim no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver

Nada do que eu fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra a tua boca

E mesmo que em ti me perca
Nunca mais serei aquela
Que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela

Quando já não procurava mais
Pude enfim, nos olhos teus vestidos d'água
Me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas

E assim no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver.

http://www.vagalume.com.br/maria-gadu/quando-fui-chuva.html#ixzz1IxOEYe2q